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Pensando nada compreendemos. Paramos, respiramos, algo mais se mostra. Não conseguimos dizer, mas conseguimos experimentar. Qualquer coisa conceito permanece em constante modificação. A busca é o que está por baixo da forma, aquilo que com olhos cotidianos não vemos mas que, quando os olhos descasam do querer, se mostra como imagem mutante, cheia de camadas e possibilidades. É o cansaço das estórias acabadas. O que não pode ser dito interessa mais: a poesia, a diversidade, o inacabado, o infinito.
Percorrer a pausa, suspender o tempo, esquecer do eu, cair no abismo daquilo que insistimos em negar. É só dar um passo, abrir os ouvidos, tocar com delicadeza. Dar espaço para o vazio, encontrá-lo nos intervalos. Expandir esses intervalos.
Experimentar o risco do desconhecido, a terceira pessoa: a resultante do relacionar-se. Parede, chão, pessoa, ar, vento, som… nada é quando o encontro acontece. Tudo modifica e é modificado, constroem juntos a possibilidade inesgotável do não ser, do não querer, do compor com simplicidade a escultura do momento exato do acontecimento.
Imagens poéticas. Descanso da mente. Mergulhar o corpo no chão, sentir a dureza e maciez do chão que há em mim. Quanto mais de chão eu me permito saber, mais ele me conta baixinho de mim chão também. Reconheço-me no vento e naquela folha seca voando. Basta esquecer. Reconheço-me nos movimentos do meu corpo no espaço, basta esquecer de mim, de ti, do espaço, compreendendo que não há ninguém, a sala sempre estará vazia de mim, de ti, de espaço. Desmanchando-nos enxergo-nos por baixo, por dentro, pelo meio.
Por Thais Petzhold
*Este blog não é “alimentado” pela ordem de dias correntes. Cada post está em permanente manutenção e abastecimento de fotos e textos. Cada vez que você nos visitar dê uma olhadinha geral, provavelmente descobrirá detalhes ainda não vistos.
*A estréia deste trabalho em teatro ocorreu dia 12 de abril de 2007 no Teatro Renascença, na forma de “work in process”. No mesmo ano participamos da BienalB com o mesmo processo sendo apresentado em espaços alternativos. Recebendo o financiamento do Fumproarte percorremos cinco espaços públicos da cidade de Porto Alegre desenvolvendo ainda mais a composição coreográfica a partir da relação com espaços abertos e com o público. Em 21, 22, 23 e 24 de maio de 2009, na Sala Álvaro Moreyra, estreamos a versão para teatro após nossa caminhada pelas ruas. Atualmente contamos também com o Prêmio Klauss Vianna de Dança e até final de 2009 faremos mais dez apresentações em Porto Alegre e interior do Rio Grande do Sul.
Desde agosto de 2008 contamos com o Financiamento do Fumproarte e a partir de julho de 2009 com o patrocínio do Prêmio Klauss Vianna, Funarte. Apoios: Versátil Artes Gráficas e Fiatece.
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em breve fotos de Mike Hill
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Sala Álvaro Moreyra, de 20 à 29 de novembro, 20:30h.
Ingressos a preços populares de R$5,00 e R$10,00.
Percurso Infinito iniciou sua trajetória grávido e agora, 3 anos depois, se despede também grávido.
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5 de novembro: SESC Lajeado, 20h
7 de novembro: Teatro Municipal de Novo Hamburgo, 21h
17,18,19,27,27 e 29 de novembro: Centro Municipal de Cultura de Porto Alegre, Sala Álvaro Moreyra, 21h
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por André Chassot
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Zoé Degani, Antonio Rabadan e Carina Sehn trazem para este momento de transição da rua para o teatro novas possibilidades de diálogo e inspiração. Obrigada pela parceria sincera, delicada e inspirada. Thais
Para nós, dançar na rua é mais do que mostrar o trabalho, é abri-lo para que o observador interfira através do olhar, do gesto, da fala, do registro. Esse encontro transforma tudo: a dança torna-se do lugar e de quem está presente no momento. Nossos corpos na rua estão dispostos e despertos ao encontro, intervindo no ambiente e sendo conduzidos por este.
por Clarissa Silveira